quarta-feira, 20 de abril de 2011

CÉLULAS SATÉLITES

CÉLULAS SATÉLITES

O músculo esquelético adulto exibe uma notável capacidade para regenerar-se em resposta a uma lesão, habilidade esta que reside numa população de células precursoras musculares, conhecidas como células satélites. As células satélites (CS) são estruturas de reserva não funcionais e especializadas, também conhecidas por células tronco miogênicas.

LOCALIZAÇÃO
 Estas células ficam localizadas na periferia da fibra muscular, mais especificamente entre a lâmina basal e a membrana plasmática, também conhecida por plasmalema. Estas células são mioblastos que se encontram normalmente em estado quiescente.

FUNÇÃO
Sabe-se que as CS exercem um papel primário no processo regenerativo do tecido muscular esquelético lesionado, e em resposta aos possíveis processos adaptativos estimulados pelo treinamento de força. As células satélites são responsáveis pelo crescimento tanto fetal quanto pós-natal do músculo esquelético.

Para uma regeneração bem sucedida da musculatura esquelética, as células satélites devem passar por 3 etapas:

(1) ativação;
 (2) extensiva e rápida proliferação
 (3) eficiente diferenciação.

 Imediatamente após uma lesão nas fibras musculares, estas células são rapidamente ativadas, proliferam e fundem-se  para repararem segmentos danificados de fibras musculares existentes. Uma parte da população de células satélite não sofre o processo de diferenciação e restabelece o “pool” (conjunto) de células satélites abaixo da lâmina basal das fibras musculares recém-formadas.

terça-feira, 12 de abril de 2011

FISIOLOGIA DA HIPERTROFIA MUSCULAR

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES EM SÍNTESE

Sabe-se que a intensidade na síntese das proteínas contráteis musculares é muito maior durante o desenvolvimento da hipertrofia do que a intensidade de sua degradação, levando progressivamente a um número maior de filamentos tanto de actina como de miosina nas miofibrilas. Além do espessamento das miofibrilas da célula, novos sarcômeros são formados pela síntese protéica acelerada e, correspondentes reduções no fracionamento protéico. Aumentos significativos são observados também nas reservas locais de ATP, fosfocreatina e glicogênio. Além disso, o tecido conjuntivo que envolve as fibras musculares sofre aumento em resposta o treinamento, o que de forma discreta, também colabora com a hipertrofia (BOMPA, 1998; GENTIL, 2006; MAUGHAN, 2000; McARDLE, 2003).

Sem dúvida o dano muscular é um fator muito importante para o processo de hipertrofia. Entretanto, ao contrário do que se acreditava há poucos anos, vários outros fatores também possuem papel determinante no aumento da secção transversa das fibras musculares. Acredita-se, portanto, que a hipertrofia seja resultado da soma de vários fatores e diversos mecanismos que a estimulam de forma direta e indireta. O treino de musculação, quando adequadamente prescrito, pode promover o desenvolvimento de vários destes estímulos. Didaticamente, eles foram divididos em Mecanismos Físicos Intrínsecos (Síntese de DNA, Microlesões, Mecanotransdução, Células Satélites e Alterações na Osmolaridade) e em Fatores Hormonais e Enzimáticos (Hormônio do Crescimento – Gh, IGF-I, Testosterona, Insulina e Miostatina) (BOSCO et al., 2000).

Além destes mecanismos, hormônios e enzimas, alguns fatores inerentes ao treinamento de musculação já são reconhecidamente como intervenientes no resultado do treinamento.

CONTRAÇÃO OU AÇÃO MUSCULAR ?

AÇÕES MUSCULARES



Os músculos esqueléticos possuem três tipos de ações básicas: isométrica, concêntrica e excêntrica. O emprego do termo”ação muscular” deve ser visto como algo mais abrangente do que o termo “contração”, considerando que ação é a atividade realizada pelos componentes contráteis musculares, descritos pela teoria do deslizamento de Hill (1953), sabendo-se que a própria teoria de contração deve sofrer aperfeiçoamento. O termo “ação” é representativo da abrangência dos sistemas que interagem com o movimento, como a junção integrada e coordenada entre sistema nervoso, sistema contrátil e sistema elástico muscular. ( LIMA, 2010).


quinta-feira, 7 de abril de 2011

O QUE É EXERCÍCIO AERÓBIO ?

EXERCÍCIO  AERÓBIO

O exercício aeróbio foi considerado o mais benéfico para saúde desde que o médico Kenneth Cooper, na dec de 70, convovou a população mundial a cuidar da aptidão cardiorrespiratória. O grande achado de Cooper foi constatar que esse tipo de exercício melhora a capacidade cardiovascular, ajudando na prevenção e na diminuição do risco de problemas como arteriosclerose e hipertensão.

Os esforços de intensidade leve ou moderado são determinados de acordo com aptidão individual, para isso são necessários que testes sejam realizados em avaliação física funcional para saber em que nível está o indivíduo.


 A caminhada, corrida, natação recreativa, ciclismo...são classificados como aeróbios devido ao tipo de exigência cardíaca e substrato energético utilizado, sendo possível sua prática prolongada. 

 CORRIDA
 NATAÇÃO
 CICLISMO 

 A ACSM, recomenda a prática de pelo menos 3 vezes semanais, com intensidade variando de 60 a 90 % da frequência cardíaca máxima de 20 a 60 minutos por sessão.

Em suma os exercícios para condicionamento físico aeróbio torna o sistema cardíaco e respiratório aptos e dispostos a trabalhar mais e sem preguiça.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

LACTATO É RUIM ?

LACTATO

  O lactato é um produto final da glicólise anaeróbica que ocorre em tecidos hipóxicos. Contudo, tecidos bem oxigenados podem em certas condições gerar lactato através da glicólise aeróbica.
 
  A produção normal de lactato é de 1 mmol/Kg/hora. Ocorre principalmente no músculo esquelético, intestino, cérebro e glóbulos vermelhos.

  O lactato formado pode ser captado pelo fígado e ser convertido em glicose (neoglicogênese) ou ser utilizado como combustível (fonte de energia).

  O treinamento aumenta a produção das enzimas que são reponsáveis pela conversão de lactato em piruvato e vice-versa. O lactato pode ser utilizado como combustível pelo coração, e também pode ser convertido novamente em glucose e glicogênio no fígado.



  
  Quando o lactato é produzido nos músculos, íons de hidrogênio também são produzidos em excesso. Se houver um grande acúmulo destes íons, o músculo torna-se ácido, causando "problemas" nas  contrações musculares durante exercício físico. Atletas descrevem este fenômeno como uma sensação de "queimação" ou "endurecimento" assim como uma redução no nível de performance. 
LACTATO NÃO É O RESPONSÁVEL PELA FADIGA E SIM O ÍON (H+) QUE DIMINUI O PH MUSCULAR

  A grande maioria destes íons de hidrogênio são produzidos juntos com o lactato, e na verdade o lactato não causa fadiga muscular, mas sim o aumento do nível de acidez muscular, porém o lactato tem afinidade com esses íons e o transportam para a corrende sanguínea, diminuindoa acidez do músculo.