DIABETES
O Diabetes Melitus é uma disfunção do metabolismo e carboidratos, caracterizada pelo alto índice de açúcar no sangue( hiperglicemia) e presença de açúcar na urina (glicossúria). Ela se desenvolve quando há uma produção inadequada de insulina pelo pâncreas ou utilização inadequda de insulina pelas células do corpo.
A insulina é um hormônio que facilita o transport de glicose para dentro das células do corpo, promove gicogênese (transformação de glicose em glicogênio que será armazenado no músculo e no fígado), inibe a gliconeogênese ( formação de glicose a partir de outros substratos energéticos) e desta maneira a insulina reduz a quantidade de glicose no sangue.
Há duas classificações para o diabetes:
- O insulino dependente (TIPO I): O indivíduos faz uso de insulina via injeções para controlar o níveis de açúcar do sangue.
- Não insulino dependente (TIPO II): O indivíduo consegue controlar os níveis de açúcar com dietas específicas, remédios via oral (em alguns casos) e exercícios físicos.
TIPO I: São propensos à hipoglicemia durante ou imediatamente depois do exercício, por que o fígado falha em liberar glicose na mesma proporção que sua liberação.
Embora o controle glicêmico seja raramente melhorado nestes indivíduos, o exercício causa outros benefícios como redução dos riscos de doenças cardiovasculares, patoplogia essa potencializada três vezes mais para o diabetes tipo I. O exercício afeta o perfil lipoproteico, diminui a pressão arterial e o risco de arterioesclerose.
TIPO II: O exercício tem uma função maior para este tipo de diabético. Como ele não está relacionado à falta de insulina, mas à falta de resposta das células alvo à ação dela (resistência à insulina), ou seja, a insulina não consegue desempenhar com eficiência o papel de facilitar o transporte da glicose para dentro da membrana da célula.
A contração muscular tem efeito análogo à insulina, pois aumenta a permeabilidade da membrana celular. Assim o exercício aumenta a sensibiliodade à insulina, diminuindo a necessidades de dosagem exôgenas via injeções ou medicamento via oral.
A melhoria da ação da insulina depois do exercício moderado/intenso pode ser mantida por várias horas, o que estende o risco de hipoglicemia bem além da hora do exercício.
obs: qualquer diabético envolvido em um programa de exercícios deve estar atento à possibilidade de hipoglicemia tanto na hora do execício, quanto nas vinte quatros hora pós exercícios.
O exercício regular é também eficiente no sentido de reduzir os níveis de colesterol LDL e VLDL e hipertensão arterial.
A perda de gordura corpóral tem grande importância tanto para o diabético tipo I e II, pois 80 a 90% dos diabéticos tipo II são obesos.
De acordo com (cooper institute for aerobics research) litamos os prós e contras do exercício para o diabético.
- Maior sensibilidade à insulina
- Melhor capacidade funcianal para atividades do dia-a-dia.
- Maior sensação de bem estar
- Redução no risco de morte por ataque cardíaco
- Menor necessidade de oxigênio pelo músculo cardíaco durante o exercício.
- Redução na taxa de triglicerídeos
- Aumento do HDL, colesterol bom
- Redução da gordura corporal
- Risco reduzido no desenvolvimento de osteoporose
Riscos:
- Perda de proteína na urina
- Oscilações, para cima ou para baixo, na pressão arterial sistólica
- Maior risco de desenvolver úlceras nos pés
- Aumento acentuado da temperatura corporal
- Hipoglicemia para quem está utilizando insulina via oral ou injetável.
DIRETRIZES GERAIS PARA O TREINAMENTO DE FORÇA PARA DIABÉTICOS
- Realizar treinamentos com professor de educação física qualificado
- conhecer os riscos de hipoglicemia, antes e após exercicios.
- REalizar avaliação médica para verificar se há complicações cardiovasculares
- Não realizar manobra de valsalva durante o exercício.
- Ter sempre um alimento rico em carboidrato consigo numa bolsa.
- Evitar ingestão de álccol, assim como beta bloqueadores.(quando possível).
- Ter cuidado com os pés ( sobrecarga ) para evitar lesões ortopédicas.
- Manter uma importante hidratação durante e após exercício.
(FONTE: MUSCULAÇÃO, DIABÉTICOS, OSTEOPORÓTICOS, IDOSOS, CRIEANÇAS E OBESOS CAMPOS, 2004 )
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